sábado, 12 de janeiro de 2013

PE~DA~CI~NHOS

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Quem me vê, vê a lua cheia.

O que você não vê: lua minguante.
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Começou o período das chuvas e dias nublados!

Chove lentamente aqui dentro.
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Juventude - quando a espera é um tormento!

Velhice - quando a espera é tudo o que resta!
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Tristeza, por favor vá agora!
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As pessoas morrem estando vivas...
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Luto

dor aguda que suprime e aperta

interpela o caminhar

tira a força

e goteja o coração.
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O bem sorri, faz um aceno e segue sem compromisso e sem parada.
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O QUE É IMPLANTE AUDITIVO DE TRONCO CEREBRAL?


O Implante Auditivo Tronco Cerebral (ABI) é uma prótese que pretende restaurar a função auditiva de pessoas surdas cuja causa da surdez não permite que seja realizado o Implante Coclear.

Para que o Implante Coclear (IC) possa funcionar é importante que a cóclea (o caracolzinho que fica no ouvido) embora não esteja funcionando, possua a sua estrutura e forma intacta. Também é necessário que o nervo auditivo (que leva a informação até o cérebro) esteja funcionando normalmente.

Quando o paciente NÃO possui a cóclea e o nervo auditivo, não há alternativa a não ser estimular diretamente o núcleo do nervo auditivo que fica no tronco cerebral.

Assim, o ABI é o primeiro equipamento especificamente desenhado para transmitir os sons diretamente ao tronco cerebral SEM a necessidade da cóclea e do nervo auditivo.

O ABI é colocado diretamente no centro nervoso (núcleos cocleares) que fica em uma região do encéfalo denominado tronco cerebral.

Desde seu desenvolvimento, no House Ear Institute em 1979, o ABI foi implantado em mais de 500 pessoas ao redor do mundo.

O receptor/estimulador com os eletrodos é cirurgicamente implantado.

A placa de eletrodos tem 21 contatos de eletrodos que podem estimular diferentes frequências nos núcleos cocleares é colocado diretamente no tronco cerebral.

É um processador com formato de uma caixinha que é usado junto ao corpo e tem a função de um minicomputador que converte os sons em informações elétricas que são enviadas à unidade interna.


INDICAÇÕES DO IMPLANTE DE TRONCO CEREBRAL.

A principal utilização do ABI são para os casos de pacientes surdos por tumores que acometem ambos os nervos auditivos. A doença mais comum é a neurofibromatose tipo II.

Geralmente, aproveita-se o procedimento de remoção do tumor e na mesma cirurgia coloca-se o implante.

Outras indicações seriam:

• Agenesia (ausência) congênita de cóclea ou nervos auditivos bilateralmente.

• Malformação da cóclea que impeça a colocação dos eletrodos do implante coclear.

• Cócleas ossificadas.

Vale ressaltar que o procedimento cirúrgico para a realização do ABI é muitas vezes mais complexo e difícil que o do Implante Coclear.

Os riscos também são maiores, inclusive com risco de vida, diferente do Implante Coclear que é uma cirurgia bastante segura.


AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA

Avaliação médica:

Inicialmente o paciente deve ser avaliado pelo otorrinolaringologista para o diagnóstico da causa, tipo e a gravidade da surdez.

O médico avalia se a causa que levou a surdez permite que seja realizado o implante.

Também é importante que seja estudada a existência de outras doenças, pois o paciente deve ser avaliado como um todo e não apenas a audição.

Avaliação fonoaudiológica:

A próxima etapa é a avaliação pela fonoaudióloga, que realizará uma série de testes auditivos e de linguagem, assim como exercícios que prepararão o paciente para receber o implante.

Avaliação psicológica:

É muito importante que sejam avaliados os aspectos psicológicos do paciente e das pessoas que convivem com ele no dia a dia. É importante que o psicólogo avalie se o paciente está preparado para ser submetido a uma cirurgia, se aceita o fato de viver com uma prótese implantada dentro da cabeça, se os familiares estão motivados e se apoiam esta decisão. Devemos avaliar também o grau de expectativa do paciente e se ele tem consciência dos resultados que podem ser atingidos. O paciente tem que estar ciente de tudo o que está acontecendo e a equipe deve expor tudo de uma forma clara e sincera, pois nós acreditamos que uma relação de confiança mútua entre o paciente e a equipe seja fundamental.

No final do processo pré-cirúrgico o paciente é submetido a avaliação pré-operatória para que seja avaliada todos os possíveis riscos cirúrgicos e a cirurgia seja realizada da forma mais segura possível.

EXAMES QUE GERALMENTE SÃO REALIZADOS

Audiometria completa.

Audiometria em campo com uso de AASI

BERA

Emissões otoacústicas

Tomografia computadorizada e Ressonância magnética.


O QUE ACONTECE DEPOIS DA CIRURGIA?

Uma vez que o processo de cicatrização estiver completado (geralmente oito semanas após a cirurgia) inicia-se o processo de programação do processador de fala.

Essa "ativação" do processador de fala permite saber se o implante de tronco dará a sensação auditiva à pessoa.

Pelo fato de que o cérebro leva um tempo para se adaptar aos novos estímulos e demora em aprender como interpretar os sinais recebidos pelo implante, esse processo de programação é demorado, podendo levar meses.

Com o tempo, o número de retornos para a programação irá sendo espaçado, geralmente mantendo-se um período de 10 a 12 meses entre cada sessão de programação.

Inicialmente, a sensação auditiva pode parecer abafada e misturada, mas à medida que se usa o processador de fala todos os dias, é possível perceber a melhora da percepção dos sons.


RISCOS E COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA

Infecção Pós-operatória: Pode haver infecção pós-operatória como em qualquer cirurgia neuro-otológica, normalmente em forma de infecção local ou meningite, que são raras e facilmente tratáveis com anti-infecciosos.

Transfusão sanguínea: Podem ser necessárias transfusões sanguíneas, se houver sangramentos inesperados.

Complicações inerentes ao implante de troco cerebral: Esta prótese eletrônica, que será implantada no tronco cerebral, pode estimular outros nervos cranianos juntos e poderá causar a diminuição de sensibilidade de face, dificuldade de deglutição, rouquidão, diminuição de movimentação e lateralização da língua e diplopia (visão dupla).


BENEFICIOS EM POTENCIAL DO ABI

A maioria dos pacientes se beneficia do equipamento pelo aumento de atenção ao som.

Pelo fato de que poucos pacientes de ABI são capazes de entender a fala sem leitura labial, o nível de desempenho esperado e alcançado com o ABI é inferior do que aquele alcançado por pessoas com o Implante Coclear.

Entretanto, os sons ambientais e de fala que os pacientes com o ABI recebem os ajudam de forma significativa a melhorar sua comunicação e qualidade de vida.

O som ouvido pelo ABI é sempre beneficiado pelo uso combinado de pistas de leitura labial.

Para ilustrar segue uma reportagem do Jornal Nacional, realizada no dia 12 de janeiro de 2007 sobre o Implante de Tronco Cerebral, realizado no Hospital das Clínicas de São Paulo (primeiro e único do Brasil a realizar este tipo de cirurgia), mostrando o momento da ativação do aparelho dois meses após a cirurgia.

“O implante de Tronco Cerebral é diferente do Implante Coclear pois o feixe de eletrodos ao invés de ser colocado no interior da cóclea ele é colocado diretamente no tronco cerebral (uma região do encéfalo).

Este tipo de cirurgia é muito mais complexa e difícil que o implante coclear.

No caso do Sidney (paciente que apareceu na reportagem) antes da colocação do aparelho foi retirado um tumor que era a causa da sua surdez.

Desse modo, ele obteve duas vitórias: Foi curado do tumor e conseguiu reestabelecer parte da sua audição.”

A cirurgia foi realizada pelo Dr. Ricardo Ferreira Bento que contou com a participação dos médicos Dr. Rubens de Brito Neto e Dr. Robinson Koji Tsuji, além do neurocirurgião Dr. Marcos Gomes.


TRANSCRIÇÃO DA REPORTAGEM

12.01.2007


TÉCNICA DEVOLVE AUDIÇÃO A UM PACIENTE EM SP

“Os médicos do Hospital das Clínicas em São Paulo comemoram o sucesso da mais moderna cirurgia para recuperar a audição já feita no Brasil.

Os médicos do Hospital das Clínicas em São Paulo comemoram o sucesso da mais moderna cirurgia para recuperar a audição já feita no Brasil.

Há dois anos Sidney mergulhou no silêncio por causa de um tumor no ouvido. Perdeu o emprego, se isolou e caiu em depressão. Hoje os médicos vão descobrir se a cirurgia, feita há pouco mais de um mês no Hospital das Clínicas, em São Paulo, deu certo.

Um aparelho foi implantado na cabeça de Sidney. Tem dois fios na ponta. Um é o fio terra e outro tem 22 eletrodos que foram ligados no nervo auditivo. Do lado de fora fica uma peça, uma espécie de antena transmissora e outra receptora.

“Na verdade é um computador eletrônico que substitui todo o ouvido como se fosse um ouvido biônico”, explica cirurgião Ricardo Bento.

A antena capta o som que vem de fora. Ele é transformado em ondas de radiofrequência e transmitido até o nervo auditivo, na base do cérebro.

É um teste delicado. Exige paciência. A médica verifica se cada um dos 22 eletrodos implantados está funcionando.

A euforia é porque já deu pra ver que esta foi a cirurgia mais bem sucedida do gênero no Brasil, Sidney, de 23 anos, volta a ouvir.

“O som é diferente do que você escutava?”, pergunta a médica.

“Som de robô”, responde Sidney.

De bom humor, o São Paulino reage à provocação de que torce por um time adversário.

"Eu sou tetra. Tetracampeão brasileiro", comemora.

E, já na volta pra casa, Sidney tem certeza que terminou a agonia de se sentir fora do mundo.

“Até o vento da prá ouvir”, comemora Sidney.”

Os custos da cirurgia e do aparelho implantado no cérebro de Sidney foram pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Assista a reportagem completa no site:

http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1419114-3586-618993,00.html


Fonte:

Grupo de Implante Coclear do HC-FMUSP

http://www.implantecoclear.org.br/textos.asp?id=2

http://www.implantecoclear.org.br/textos.asp?id=5







Um Trecho do Caminho

O que é o Ano Novo, senão o mesmo caminho que estamos trilhando, há algum tempinho?


Mas é bom termos a sensação que existe a oportunidade de REfazer, REcomeçar e REver a trajetória em nosso viver... (Será que vem daí a palavra REveillon?)

Esse é um bom instrumento psicocológico!

É confortante saber que temos uma chance. é reconfortante parar, REfletir e ter a impressão que tudo se fará NOVO!

Na verdade, o que nos leva em direção ao Ano Novo é a ESPERANÇA. Esse bichinho que nos inquieta e nos move pra frente!

... Então, caminhemos firmes (leia-se: se cair pelo caminho, levante-se quantas vezes forem necessárias!) por esse trecho que cruzamos por agora...

Um BOM 2013!

(Bjkinhas, Ana)